terça-feira, 19 de outubro de 2010

Piano MUDO - 29ª Bienal


Estar na 29º Bienal em São Paulo realmente foi muito prazeroso e instigante, uma verdadeira aula de cultura e descobertas sutis, desapercebido para muitos olhos, mas com um olhar mais apurado, um pouco de senso crítico, e principalmente mente aberta, todas as obras tem uma mensagem, as vezes direta, as vezes sub-liminar, mas todas com muito conteúdo social, político e existencial. Dentre as obras mais impressionantes entre tantas o da artista plástica Tatiana Blass, com a obra METADE DA FALA NO CHÃO – PIANO SURDO, foi uma das mais chocantes. Eu como toco piano, sei o quanto custa um piano. As vezes os valor maior é o sentimental, pois é passado de pais para filhos de geração para geração. A intenção da artista foi calar para sempre o tal piano. Suponhamos que fosse o piano de Mozart, Chopin, ela estaria imortalizando o instrumento. Me senti sem ação, meio desiludido, meio extasiado, pois esse piano jamais será recuperado, ou você pensa que podemos colocar um aquecedor dentro dele e derreter a cera!! É o fim!.