COPA DE 2014 EM CURITIBA, UM SONHO DISTANTE.

Nos dias de 21 até 26 de maio a Seleção Brasileira se hospedou no CT do Atlético Paranaense – CT do Cajú, atualmente o mais moderno do Brasil, sem falsa modéstia, e realizou testes físicos antes de embarcar para a Africa, isso porque o local possuia a infra-estrutura necessária para recepcioná-los. Segundo alguns gurus da bola, com isso pretendeu-se alavancar parceiros para o Atlético-PR finalizar a sua Arena, o que está difícil. Quando cidade de Curitiba foi escolhida para sediar a copa, a Arena da Baixada entrou como coadjuvante nessa empreitada. Como já possui, hoje, o estádio mais moderno da America Latina, levou-se em conta tudo isso, e bateram o martelo por Curitiba como sub-sede.

Na época quando da apresentação das cidades, o CAP, foi o único a levar uma maquete completa da nova Arena, fato que impressionou todo o comitê, e fez a diferença.
A historia começa com o projeto da Arena inaugurada em 2000 para sediar a copa de 2002 no Brasil, que infelizmente não veio, pois o Brasil desistiu de ser candidato, ficando com a Arena "Nice and Beautiful” - palavras do inspetor do “comitê de inspeção” da FIFA, - somente para nossos olhos. Para os encargos da FIFA em 2002, nossa arena, já atendia praticamente todas as exigências, eis que, para a copa de 2014, as exigências aumentaram, consequentemente muita coisa a ser feita. O Atlético-PR levantou os custos para essa remodelação/ adequação, chegando a uma cifra de 140 milhões de reais........ nossa tudo isso........, que absurdo, todo mundo achou um absurdo, é que ninguém tinha levantado os outros custos dos outros estádios. Quando mídia começou a divulgar os custos para remodelação dos nossos estádios sedes, a verdade veio a tona. O Maracanã, estádio reformado a um ano e meio atrás, que já tinha aplicado 120 milhões numa merreca de reforma, divulgou seu custo para ser o estádio da final do mundial, R$500 milhões, meses depois divulgou 600, mais a diante 700, quando a FIFA viu o projeto e exigiu outras melhorias, o custo divulgado passa de 1 bilhão, acreditem. ( dinheiro público), o estádio Mané Garrincha em Brasília, tem um orçamento de 500 milhões, ( dinheiro público – já com suspeita de superfaturamento), o Mineirão 700 milhões, (dinheiro público), o de Dunas em Natal R$ 400 milhões (dinheiro público – privado – com 30 anos para a empreiteira explorar o estádio... absurdo), e ai a fora. Quando o Ministro do Esporte, Orlando Silva, ameaçou retirar algumas das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, ele afirmou que o “plano B” do governo federal para o atraso das obras de construção dos estádios para o Mundial do Brasil é a “exclusão de cidades-sede” do torneio, e incluía Curitiba. Após a declaração do Ministro, o vice-presidente do Atlético, Enio Fornea foi categórico em dizer que não aplicaria mais do que 30% do custo da obra dos 130 milhões, pois, para esse valor, possui verba própria, sem depender de financiamento, já o restante não assumiria, R$ 100 milhões. Não querer aplicar dinheiro publico em um bem privado, até concordo, mas diante destes “dantescos” orçamentos que vão levar mais de 2 bilhões de reais do nosso bolso, o que é 100 milhões, troco? Esse pais não tem critérios, querem faturar e superfaturar tudo que podem. O Atlético-PR, está no seu direito de abdicar de endividar-se sozinho, para agradar poucos, por dois ou três jogos. Mas a pressão parece estar dando resultado, o Ministro, ontem dia 29/04, admitiu, aplicar dinheiro público na arena - gente, a modernização da Arena da Baixada para a Copa 2014 está orçada em R$ 130 milhões – custo mais baixo entre os 12 estádios da competição, se é que serão 12. O estádio receberá um novo lance de arquibancadas no setor oeste, vestiários remodelados e uma nova cobertura metálica, só isso, e já temos uma sub-sede pronta, antes de qualquer outra, com pouco investimento. Viva o empreendedorismo, quem larga na frente tem vantagens competitivas. Brasil, il, il, il , il , il, il .